Você sabe o que são dados sensíveis? Neste último ano estamos falando muito sobre proteção e privacidade de dados, não somente devido a proximidade do início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020, mas em virtude de uma tendência que tem crescido bastante nos últimos anos.
Porém, mesmo com abordagem feita em sites especializados e até aqui em nosso blog, muita gente ainda tem dúvidas sobre alguns temas relacionados a proteção de dados e a garantia pela privacidade, por essa razão, dúvidas como o que são dados sensíveis, surgem frequentemente e são bastante comuns.
Tudo começou com as transformações sociais e digitais
Antes mesmo de partirmos para entender o que são dados sensíveis e como eles podem prejudicar sua vida offline, vale a pena dar uma olhada para trás e entender que a preocupação com dados e privacidade não foi algo que surgiu de uma hora para outra.
Há alguns anos, testemunhamos importantes transformações sociais e digitais. A separação entre privado e público tornou-se uma linha praticamente inexistente. Para muitos usuários, a internet se tornou parte da vida real e não como algo puramente virtual.
Para eles, a internet é muito mais que uma ferramenta usada para conectar pessoas. A vida digital se tornou uma extensão do offline, onde tudo precisa ser compartilhado. Mas, como todas as ferramentas, precisamos saber como usá-lo adequadamente, para não nos machucar.
Ao mesmo tempo, devido ao progresso tecnológico e à era da globalização em que vivemos, mais e mais pessoas parecem estar perdendo o controle sobre seus dados pessoais.
Estamos diante de uma verdadeira desmaterialização dos dados. Essas mudanças podem ter um impacto importante em nossas vidas, tanto online quanto offline.
O que são dados sensíveis?
O artigo 5º da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), define dado pessoal sensível como características pessoais sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dados referente à saúde ou à vida sexual, genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural.
Portanto, nos termos mais básicos, dados pessoais são qualquer informação que alguém possa usar para identificar, com algum grau de precisão, uma pessoa viva. Como exemplo, podemos citar um nome e sobrenome, um endereço residencial, endereço de e-mail, etc.
Já os dados pessoais sensíveis são um conjunto específico que devem ser tratadas com segurança extra. E como vimos, inclui informações referentes à origem racial ou étnica, crenças religiosas ou filosóficas, dados genéticos e biométricos, etc.
O “efeito dominó”
Os efeitos do que os consumidores fazem na web têm um impacto cada vez maior no mundo físico. Das compras online ao trabalho remoto e relacionamentos sociais, as consequências afetam diretamente nas atividades tanto físicas quanto na digital.
Isso também se aplica à áreas como ameaças pessoais e em assuntos relacionados à saúde e finanças. Para se ter uma ideia, em 2016, uma menina de 18 anos no Texas foi constantemente intimidada nas mídias sociais por seu peso. Incapaz de suportar o trauma, ela tirou a própria vida. De fato, comentários negativos foram publicados mesmo após a morte dela.
Muitos já experimentaram como as atividades on-line se manifestam como ameaças no mundo físico, ainda assim, pensando que sabem lidar com a situação, ainda se sentem no controle de sua segurança. Por outro lado, há outros que se sentem inseguros, independentemente de terem ou não essas experiências.
De fato, não somos mais os únicos responsáveis pelos dados aos quais precisamos acessar. Agora eles são confiados a diferentes estruturas de tecnologia e de armazenamento por parte das empresas.
Essa perda de controle ou “propriedade”, devido a hackers ou por nossa própria falta de cuidado, pode levar a um potencial “efeito dominó” entre a vida privada e pública, pois ambas estão entrelaçadas.
Outro exemplo significativo disso é que hoje em dia, sempre que nos candidatamos a um emprego, um recrutador verifica quase automaticamente nossos perfis de mídia social. O que mostramos em nossas vidas privadas é, em primeiro lugar, não mais privado. Em segundo lugar, isso afeta nossa vida pública, como se um recrutador entra ou não em contato com a pessoa no perfil.
A importância da educação na prevenção
Para enfrentar esse cenário de grandes mudanças, as pessoas precisam se educar para entender melhor o ambiente on-line e seu potencial impacto no mundo off-line. Um mal-entendido do mundo digital pode ter sérias conseqüências humanas, econômicas e de reputação.
Além disso, uma vez na internet, um rastro permanece para sempre.
Curiosamente, mesmo as pessoas consideradas como “nativos digitais” são frequentemente as mais “ingênuas do ponto de vista digital”. As pessoas que foram criadas com a Internet e as mídias sociais geralmente pensam que “conhecem” profundamente esse universo.
Isso significa que eles podem não reservar um tempo para proteger suas contas adequadamente. No uso da mídia social, por exemplo, eles não tomam precauções suficientes em termos de segurança e confidencialidade.
Ao mesmo tempo, as pessoas não consideradas “nativos digitais” precisam se educar, o que pode torná-las mais conscientes dos perigos da internet, reduzindo riscos que podem trazer consequências negativas ao “mundo real”.
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